Coletivo Violeta Formiga
Babilônia é o quê?
Em relatório de 2014, a Anistia Internacional anunciou são mais de 30.000 jovens assassinados por ano no Brasil – desses, 77% são negros -, o que dá uma média de 82 por dia e 7 por duas horas.
Jovens que sequer terão a chance de completar 16 anos... Mas a redução da maior idade penal, pelos que sentem saudade das chicotadas, num pais de maior taxa de crescimento carcerário do planeta, já foi aprovada em primeira instância.
“A carne mais barata do mercado é [ainda] a carne negra”, já canta Elza Soares.
O Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (ou população GLBTTTIS) relativo a 2013 aponta para um crime homo/trans/fóbico a cada 20 horas no Brasil. Segundo agências internacionais, 40% dos assassinatos de transexuais e travestis em 2013 foram cometidos no país. Mortes que têm como características grande número de golpes, tiros, uso de múltiplos instrumentos de tortura... Verdadeiros crimes de ódio.
O “jogar pedra na Geni” Continua em alta no país que é campeão mundial de crimes homo-transfóbicos.
Entre 2001 a 2011, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios: ou seja, em média 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma morte a cada 1h30. Segundo dados da ONU 7 a cada 10 mulheres já foram ou serão violentadas em algum momento da vida!
3 em cada 5 mulheres jovens brasileiras já sofreram violência em relacionamentos, sendo que a maior parte dessa violência ocorre dentro de casa. Sim, em “família”. Famílias heteronormativas... Essa mesma que muitos bradam para manter como modelo único e intocável... Cenário o qual a lógica sexista e falocêntrica insiste em gerir os corpos individuais e coletivos das mulheres, especialmente seus úteros.
Então, “se ser livre é ser vadia numa sociedade machista... somos todas vadias”.
E pra quem se chocou com o beijo lésbico de duas senhoras na novela da global – encenado por duas atrizes maravilhosas, aliás – só podemos fazer coro com uma jovem roqueira brasileira que disse:
“Não, os negros não vão voltar pra senzala. Não, as mulheres não vão voltar pra cozinha. E, não, os gays, lébicas, trans, inter, etc, etc... não vão voltar pro armário”!!!
Tire sua intolerância do caminho que nós vamos passar!!!
Coletivo Violeta Formiga
07 de Abril de 2015
1º Beijaço Pela Diversidade
Há 7 anos discutindo a diversidade e
acolhendo quem precisa!