O grave cenário político que o país vivencia tem suscitado extensas discussões nos espaços acadêmicos e fora dele, bem como movimentos sociais contra os repugnáveis ataques fascistas recentes. A História nos revela os mais violentos episódios que os grupos tidos como “minorias” sofrem, alvo constante das estigmatizações dos establishment. Os LGBTTTQI’s, mulheres, negrxs etc, inferiorizados por pertencer ao grupo outsiders, dispõem-se de frágeis poderes, com frequente alvo de abjeção e monstrualização.

Os válidos conflitos de resistência dos grupos minoritários demonstram a intenção de potencializar os discursos que garantam a conquista de espaços e direitos igualitários. Pensando em somar ao arsenal dessa luta, pretendemos realizar o Iº Simpósio de Gênero, Sexualidade e Educação, promovido no Centro de Humanidade, Campus III da UEPB. A educação, como parte do título, diz respeito à responsabilidade que há nela como mediadora de transformar os sujeitos, e estes, lembrando Paulo Freire, realizar as fecundas mudanças no meio social.

Ressalta-se a carência de discussões existente no Campus III referente as temáticas sexualidade, gênero e educação, muitas vezes retida apenas no espaço das salas de aula. O tema proposto “Resistir, reexistir e existir” reafirma a resistência dos grupos minoritários. A cada vez que os LGBTTTQI’s, mulheres, negrxs resistem, se fortalecem reexistindo e demarcando sua existência, num ciclo de (re)novação.

Consideramos relevante o debate e as discussões, uma vez que as vozes dos outsiders poderão ser ouvidas, para, assim, fazer vibrar os conceitos mesozoicos, consequentemente reentendê-los.